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sexta-feira, 3 abril , 2015

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O Açúcar no Mundo

 

Após ler e pesquisar alguns livros e na internet, rapidamente, tentei fazer um relato do que li e que achei mais coerente.  Há algumas controvérsias entre as escritas e histórias narradas. Então, procurei uma sequencia que achei um tanto lógica e espero ter encontrado um caminho mais adequado para relatar tantas historias,contos, lendas e até fabulas da saga açúcar.

“Um Caule que dá mel sem a ajuda das abelhas.”

Néarque

 

O Bambu de Açúcar

O Açúcar, o doce paladar…  Esse sabor que rememora a candura por vários séculos com historias, viagens, coragem, trabalho, audácia, escravidão, imaginação, engenho e ciência para que hoje em dia possamos degusta-lo com grande naturalidade.  O açúcar ainda é um dos principais temas que atravessa o tempo. Na era do primeiro milênio, o mel era a principal fonte doce da época.  Na antiguidade, descobriram a outra forma doce, a cana de açúcar, que era cultivada na Nova Guiné, Nova Hibride, Nova Caledônia e nas ilhas Fiji, chegando as Filipinas, Indonésia, Malásia, China e Índia.  Naquela época, o “bambu de açúcar”, como era chamado na China, já estava bem expandido pelo país até o Vietnam.  Cortavam a cana, mastigavam e sugavam o caldo para obter um sumo açucarado.  Diversas descrições apontam o uso do sumo do açúcar, começando por uma simples bebida. Depois começaram a cozinhar o caldo da cana para fazer xarope, infusões e sucos.

 

Um Caule que dá Mel

A extração do açúcar, segundo alguns historiadores, começa na Índia.  Por volta do ano 325 a.c,o  Almirante, chamado Néarque,  que acompanhava  Alexandre O Grande numa expedição militar á Índia, referindo-se ao canavial, fala de  “um caule que dá mel sem a ajuda das abelhas”.

Alguns séculos depois, os persas foram a uma expedição na Índia e aprenderam a apreciar o açúcar indiano e decidiram desenvolver a cultura da cana a beira do Mediterrâneo Oriental.  Todo o Oriente Médio começou a comprar o açúcar da Pérsia. Os persas conseguiram melhorar consideravelmente a cristalização do açúcar.

O açúcar era colocado em toneis de barro ou de madeira em forma cônica; havia uma abertura no alto desse cone onde o xarope era filtrado e o conteúdo se transformava em um cone de açúcar sólido, que era chamado de “pão de açúcar.”   Esse termo nos lembra algo?  Sim a semelhança da rocha no Rio e desse cone de açúcar.

 

Pão de Açúcar e Inspiração

açúcar - tonel2????????????????

 

Entre várias histórias, a mais provável é que os portugueses deram esse nome ao morro devido ao apogeu do cultivoPão de Açúcar - Rio da cana no Brasil entre os séculos XVI e XVII e pela aparência com os cones onde se cristalizavam o açúcar.

O açúcar é de grande inspiração, como por exemplo,na etimologia do nome açúcar que vem do sânscrito sukkar (grão de areia), da poesia Ramayana (uma das primeiras no mundo sobre o açúcar), Maguelone Toussain-Samat,Voltaire, Nostradamus,em algumas músicas, livros  e do nosso  ponto turístico carioca, entre outros.

 

 

 O Açúcar e o Oriente Médio

Voltando a história da Pérsia, na Idade Média, entre os séculos VI e VII a.c.,  o apogeu do açúcar dos Persas foi fragilizado pelos  árabes.  Nos navios que transportavam o açúcar para os compradores do oriente médio, eram organizados contrabandos das plantas da cana de açúcar para serem cultivados no “Saara”.  Sendo assim, a cana de açúcar foi estabelecida no Egito, na Palestina, na Síria, na África do Norte, nas ilhas Baleares (Espanha) e no reino Árabe-Andaluso (sul da Espanha) e depois foi plantada em Chipre (Turquia), Creta e Rode (ambas ilhas na Grécia).  Os árabes aperfeiçoaram o método de decantar o xarope, conseguindo obter um produto que chamaram de Kurat al Milb (bola doce); é dessa expressão que vem o caramelo. “Todo o Oriente Médio exala caramelo” escreveu Maguelone Toussaint-Samat em seus escritos sobre a época medieval.  Os árabes também utilizaram o açúcar para conservar as frutas e as flores.

O Açúcar na Europa

Logo a seguir os árabes introduziram o açúcar na Europa…  No século XII, os mouros apresentaram o açúcar na Sicília.  Após certo tempo Veneza obteve o monopólio do comercio com o Oriente e controlava a entrada do açúcar na Europa. Na idade do ouro nos portos italianos, o açúcar começa a ser um símbolo de prestigio, de refinamento e de poder.

No século XV, Portugal e Espanha queriam se liberar dos produtores do mediterrâneo e importaram a cana de açúcar das suas propriedades na África e também não podemos esquecer-nos da trajetória do caminho das Índias feito por Vasco da Gama, que permite aos portugueses obterem os recursos necessários referentes ao açúcar indiano e   por volta de 1420 a cana é implementada na Ilha da Madeira e no ano 1460 nas Ilhas Canárias pelos espanhóis.  Lisboa ultrapassa Veneza no engenho de açúcar e Portugal passa a ser o primeiro fornecedor do mercado europeu.   Mas, na realidade,  o que vai dar impulso a era da cana de açúcar será a descoberta da América pelos europeus.

Cristovão Colombo em sua segunda viagem a América,  em 1493, introduz a cana de açúcar na República Dominicana e no Haiti, mas foram destruídas por um ciclone.  Sua segunda tentativa foi em 1509 onde deixa plantações em Porto Rico, Cuba e Jamaica. Em 1520 a cana é levada e cultivada no México.

Os portugueses, nos meados do século XVI, levam a cana de açúcar para o Brasil. A plantação é  desenvolvida principalmente no Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco. Nesse mesmo século começa a escravidão no Brasil. Os colonizadores portugueses trouxeram os escravos para trabalhar nos engenhos de cana de açúcar. Época obscura para o povo africano…

Depois de 1625, os holandeses levaram o açúcar da América do sul para as Ilhas do Caribe,as Ilhas Virgens e Barbado.

No inicio do século XVII, as Antilhas Francesas tiveram sua primeira plantação de cana em 1643. E os engenhos de açúcar se multiplicaram na Martinica, Guadalupe e São Domingo.  Na França os engenhos de açúcar começam em Nantes e Bordeaux.  O século das luzes é também o século do mercado açucareiro onde o açúcar passa a ser o elemento da economia francesa.

 

O Açúcar de Louis XIV, Vatel, Dom Pérignon e Chefes de Cozinha

Continuando essa viagem fantástica através de séculos de açúcar, entramos na época do chique e da grande cozinha francesa no século XVII, através do Rei Sol Louis XIV.  Vamos continuar a falar de açúcar e não de outros pratos.  Nessa época, o açúcar começou a ser usado em bolos, pratos de cereais,”crèmebrûlée” (creme a base de ovos), torta de pera (uma das preferidas da corte), na leiteria, sucos, molhos adocicados para sobremesas, entre outros.  O açúcar vai sendo incorporado ao vinho até Dom Pérignon descobrir o champanhe. Dom Pérignon, era padre, e vivia num mosteiro na região de Champanha e se ocupava da vinícola. Louis XIV adorava os vinhos dessa comarca.  Não podemos deixar de falar dos mestres da cozinha e entre eles Vatel que inspirou o requinte, a elegância e uma cozinha cheia de surpresas.  Também não podemos deixar de ressaltar os italianos chefes de cozinha na época do açúcar que entrava no porto de Veneza, os confeiteiros do açúcar faziam uma massa pastosa onde criavam esculturas e arquiteturas laboriosas como símbolos da riqueza. Os mestres portugueses da cozinha da Renascença, assim como os italianos, nessa época,  também eram catedráticos nas ” confitures” (compotas), tortas de amêndoas e na confecção de artesanatos de açúcar.

 

Simbolo do Poder

símbolo -  sucre - açúcar

Um dos Símbolos confeccionados pelos italianos. Davam como presente a seus convidados – Itália

bomboniere -

Bomboniere

Doces na corte de Louis XIV - França Século XVII -

Doces na corte de Louis XIV – França
Século XVII –

 

 

 

 

 

 

 

Açúcar e a Corte

Apesar de toda pompa, o açúcar ainda continua caro e raro na Europa ao ponto que na casa dos ricos o açúcar ficava fechado à chave. Na corte, não era diferente. Luis XIV  possuía a chave onde guardava o açucareiro precioso e de tal charme, que era colocado somente na mesa, para fazer a honra aos seus nobres convidados a Versalhes.

Nos boticários (as farmácias da época) encontrávamos remédios a base de açúcar, como drágeas para a garganta, xarope, fusão.  Naquela época,  sopas a base de açúcar também  eram recomendadas..  Como escreveu Nostradamus, “já entramos no prazer do açúcar mesmo medicinal.” Os preços dos remédios à base desse produto também eram altos. Tudo referente ao açúcar ainda era de valor fora do comum no século XVII.

 

Café com Açúcar

Já no século XVIII a consumação do açúcar esteve em alta, mas os preços também. Contudo, o hábito de beber o café veio à moda no ocidente. A Europa aprendeu a beber café com açúcar com os turcos. Voltaire em sua alusão ao açúcar, disse que, “o café deve ser preto como a noite, quente como o inferno e doce como o amor”.  Na época de Louis XV, as damas adoravam açucareiro como ornamento a mesa, o café doce e o chocolate doce pela manhã eram delicias implacáveis a olhos vistos. Nessa época, podemos relatar através da historia e das pinturas que as mulheres não eram magras.  O açúcar ajudava a ressaltar essa corpulência.

Como os preços do açúcar na Europa ainda estavam em alta e não eram accessíveis a todos, resolveram fazer uma pesquisa para tentar descobrir uma planta que pudesse se adaptar ao clima europeu para produzir açúcar.  Então, entra a tentativa de produção de açúcar de beterraba na Europa. Um químico alemão, chamado, Magraaf faz as primeiras tentativas com a beterraba em 1747. Mas a produção era longa, onerosa e rendia pouco açúcar.

Açúcar Beterraba

No século XIX, precisamente em 1786, um aluno de Magraaf, Frédéric Achard recomeçou o trabalho de seu professor sobre o açúcar, lançando um processo bem eficaz que iria se espalhar pela Europa e que Napoleão Bonaparte ficaria totalmente entusiasmado.  Assim o açúcar de beterraba entra na historia da Europa.

Nesse mesmo século houve a abolição da escravatura no Brasil, em 13 de maio de 1888. No final desse século, imigrantes italianos vieram para o Brasil, muitos trabalharam no plantio do café.

 

Açúcar e o Meio Ambiente

E por ai vai o açúcar, no século XX onde a história do açúcar no Brasil pega um rumo renovador com o estudo da técnica para fabricar motor a álcool.  Em 1933 Getúlio Vargas cria o IAA – Instituto do Álcool e Açúcar.  Em 1975 o Proálcool é criado, diminuindo assim a importação de derivados do Petróleo. Com tanta exploração da cana, o meio ambiente ficou totalmente descoberto com a falta de um planejamento nesse setor. Movimentos ecológicos foram criados nos anos 80 e o desenvolvimento sustentável passou a ser discutido em reuniões internacionais.

E o muno do açúcar continua a brilhar, cana ou beterraba, chegando ao século XXI.  Com a cana de açúcar, o Brasil vem ganhando prestígio de ser um dos maiores produtores de açúcar e álcool.  Muitos estudos e pesquisas vêm sendo feitos em se tratando do bagaço da cana para a produção da energia.  Não podemos deixar de ressaltar que, a geografia e as condições naturais do Brasil à produção de biomassa ganham um destaque primordial no mundo.  Tantas usinas qualificadas e de destaque elevam esse progresso.  Não entraremos muito em detalhes sobre o século XX e XXI por agora.  Vejam algumas usinas no país.

 

Todos e o Açúcar

O açúcar pertence um pouco a “todos”, sim um pouco, já que pertenceu e viajou por tantos “mundos” e atravessou tantas histórias.  Hoje em dia poderíamos chamar o açúcar de sublime ou de vilão da história? Com a busca exagerada pelo corpo ideal e com atenção mais redobrada a saúde, poderíamos dizer que o açúcar ainda tem o seu papel demasiadamente importante em se tratando do álcool, da própria cachaça (para uma caipirinha perfeita) e da energia.

Aqui vai uma tabela para nos situarmos melhor:

Ier millénaire de l’an 1 à l’an 1000
ier siècle de l’an 1 à l’an 100
iie siècle de l’an 101 à l’an 200
iiie siècle de l’an 201 à l’an 300
ive siècle de l’an 301 à l’an 400
ve siècle de l’an 401 à l’an 500
vie siècle de l’an 501 à l’an 600
viie siècle de l’an 601 à l’an 700
viiie siècle de l’an 701 à l’an 800
ixe siècle de l’an 801 à l’an 900
xe siècle de l’an 901 à l’an 1000
IIe millénaire de l’an 1001 à l’an 2000
xie siècle de l’an 1001 à l’an 1100
xiie siècle de l’an 1101 à l’an 1200
xiiie siècle de l’an 1201 à l’an 1300
xive siècle de l’an 1301 à l’an 1400
xve siècle de l’an 1401 à l’an 1500
xvie siècle de l’an 1501 à l’an 1600
xviie siècle de l’an 1601 à l’an 1700
xviiie siècle de l’an 1701 à l’an 1800
xixe siècle de l’an 1801 à l’an 1900
xxe siècle de l’an 1901 à l’an 2000

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Le Sucre dans le Monde

Après lecture et recherche à la fois dans des livres et sur Internet, avec diligence, j’ai tenté de faire la synthèse de cette matière de façon cohérente. Les histoires écrites ou racontées prennent parfois des tournures bien différentes, alors j’ai cherché à mettre de l’ordre et espère avoir trouvé la présentation la plus appropriée afin de rapporter histoires, contes, légendes et fables concernant la saga de sucre.
 
« Une tige qui donne du miel sans l’aide des abeilles. » 
                                                                             Néarque

Bamboo de Sucre

Le Sucre, son goût sucré … Cette saveur qui préfigure une forme de candeur s’est répandue sur des siècles et des siècles nous contant ses histoires, ses voyages, ses audaces, le courage déployé, le travail acharné mais aussi l’esclavage,  l’imagination, l’ingéniosité et la science qui y ont contribué, de sorte qu’aujourd’hui, nous pouvons la goûter tout naturellement. Le sucre est l’un des principaux thèmes qui traverse les époques. À l’ère du premier millénaire, le miel était la principale source de douceur. Dans l’antiquité on a découvert une autre forme provenant de la canne à sucre, elle était cultivée en Nouvelle-Guinée, aux Nouvelles Hébrides, en Nouvelle Calédonie et aux îles Fidji, atteignant même les Philippines, l’Indonésie, la Malaisie, l’Inde et la Chine. A cette époque, le « bambou de sucre » comme on l’appelait en Chine, s’était déjà répandu jusqu’au Vietnam. On coupait la canne, mastiquant et suçant la tige pour en obtenir un jus sucré. Diverses descriptions témoignent de l’utilisation du jus sucré, ce fut d’abord simplement une boisson, puis on a pensé à cuisiner la plante en bouillon pour confectionner sirops, infusions ou jus de fruits.

Un Tige qui donne du Miel

L’extraction du sucre, selon certains historiens, voit le jour en Inde. Vers l’an 325 avant J-C, l’amiral  Néarque, qui accompagnait Alexandre le Grand dans sa campagne militaire vers l’Inde, se référant au champ de canne, s’exprima ainsi : « Une tige qui donne du miel sans l’aide des abeilles. » 
 
Quelques siècles plus tard, les Perses partaient en expédition en Inde où ils apprirent à apprécier le sucre indien. Ils décidèrent de développer la culture de la canne à sucre au bord de la Méditerranée orientale. Le commerce du sucre prit ampleur dans tout le Moyen Orient. Les Perses parvinrent à améliorer de façon significative la cristallisation du sucre.

Pain de Sucre

Le sucre était placé dans des tonneaux d’argile ou de bois de forme conique,  une ouverture en haut du cône permettait de filtrer le sirop, le contenu se  transformant peu à peu en un cône de sucre solide.  Cette géométrie particulière fut tout logiquement appelée « pain de sucre ». Ce terme ne vous rappelle-t-il pas  quelque chose ? Mais si, bien sûr ! Imaginez le fameux rocher de la baie de Rio…
açúcar - tonel
 2sucre
 
Diverses versions nous sont parvenues, la plus probable mentionne que les Portugais ont donné ce nom à la colline Pão de Açúcar - Rioen raison de l’apogée de la culture de la canne à sucre au Brésil entre les XVIème et XVIIème siècles et ce, pour sa ressemblance avec les tonneaux coniques où se cristallisait le sucre.  

Sucre Inspiration

 
Le sucre est une grande source d’inspiration. Étymologiquement, son nom provient du sanskrit «  sukkar » (grain de sable). Le Râmâyana, l’un des écrits fondamentaux de l’hindouisme est l’un des premiers textes poétiques au monde à le mentionner. Maguelone Toussain-Samat, Voltaire ou Nostradamus le citaient. Le sucre est mis à l’honneur dans certaines chansons, il constitue un axe touristique carioca, etc.

Le Sucre au Moyen-Orient

 
Revenons-en aux temps du Moyen-Age, aux alentours des VIème et  VIIème siècles. Le monopole persan du sucre se voit affaibli par les Arabes. Au sein des navires transportant la denrée pour les commerçants du Moyen-Orient, s’est organisé un réseau de contrebande de plants de canne à sucre afin de les cultiver dans le «  Sahara » ! Ainsi, la canne à sucre s’est implantée en Egypte, Palestine et Syrie, en Afrique du Nord, aux îles Baléares (Espagne) et dans le royaume arabo-andaloux (sud de l’Espagne), jusqu’à être cultivée à Chypre (Turquie), en Crète et sur l’île de Rhodes (deux îles grecques). Les Arabes ont perfectionné la méthode de décantation du sirop, obtenant finalement un produit appelé «  Kurat al milb »  (boule douce), notre appellation caramel en est issue. 
«  L’ensemble du Moyen-Orient respire le caramel »,  a écrit Maguelone Toussaint-Samat  dans ses écrits sur l’époque médiévale. Les Arabes ont également utilisé le sucre pour conserver des fruits ainsi que des fleurs.
Peu de temps après, les Arabes ont introduit le sucre en Europe… Au XIIe siècle, les Maures commerçait jusqu’en Sicile. Peu de temps après,  Venise établit son monopole sur le commerce du sucre avec l’Orient et contrôla l’importation de sucre en Europe. À l’âge d’or de la marine italienne, le sucre commence à être un symbole de prestige, de raffinement et de pouvoir.

Le Sucre en Europe

Au XVème siècle, Portugal et Espagne ont voulu se libérer du joug des producteurs méditerranéens, les deux pays se mirent à importer le sucre de canne depuis leurs propriétés en Afrique. N’oublions pas la route des Indes ouverte par Vasco da Gama, permettant aux Portugais d’acquérir suffisamment de sucre indien alors que déjà vers 1420 la canne est mise en œuvre à Madère et dès 1460 dans les îles Canaries par les Espagnols. Lisbonne surpasse alors Venise sur le marché du sucre et le Portugal devient premier fournisseur européen. Mais en réalité, ce qui va donner une nouvelle impulsion à l’ère de la canne à sucre sera la découverte de l’Amérique par les Européens.
Christophe Colomb, lors de son deuxième voyage en Amérique en 1493, introduit la canne à sucre en République Dominicaine et en Haïti, malheureusement la plantation sera détruite par le passage d’un cyclone. Sa seconde tentative, en 1509, le vit établir des plantations à Porto Rico, à Cuba et à la Jamaïque. En 1520, la canne est importée et cultivée au Mexique.
 
 
Les Portugais, dans le milieu du XVIème siècle, exportent la canne à sucre au Brésil. Les plantations se développent principalement à Rio de Janeiro, Bahia et au Pernambuco. Ce même siècle connaît la mise en oeuvre de l’esclavage. Les colons portugais firent venir une multitude d’esclaves pour travailler dans les plantations de canne à sucre. Âge sombre pour les peuplades africaines … Tant de souffrance.
 
Après 1625, les Hollandais allèrent cultiver la plante sucrière aux Îles Caraïbes, Îles Vierges et à la Barbade.
Les Antilles Françaises ont récolté le fruit de leur première plantation en 1643. Et les propriétés sucrières se sont multipliées en Martinique, Guadeloupe et à Saint-Domingue. En France, des fabriques de sucre ouvrent leurs portes à Nantes et Bordeaux. Le siècle des lumières est aussi le siècle du commerce du sucre où le sucre devient partie intégrante de l’économie française.
 

Le Sucre de Louis XIV, Vatel, Dom Pérignon et Chefes de Cuisine

Poursuivant notre voyage fantastique à travers les siècles, nous entrons dans l’époque du faste et de la grande cuisine française au XVIIème siècle, sous le règne du Roi Soleil Louis XIV. Nous allons continuer à mettre l’accent sur le sucre à travers ses recettes. A cette époque, il commence à être utilisé dans diverses préparations comme les gâteaux, les plats à base de céréales, la fameuse «  crème brûlée » (crème à base d’œuf), la tarte aux poires qui était une des pâtisseries favorites à la cour du roi, mais aussi les produits laitiers, les jus de fruits, les sauces sucrées pour accompagner les desserts, etc. Le sucre était mélangé au vin jusqu’à ce que Dom Pérignon découvre le principe du champagne. Dom Pérignon était prêtre, il vécut dans un monastère de la région champenoise où il s’occupait des vignes. Louis XIV adorait les vins de cette région. Nous ne pouvons passer sous silence les maîtres de cuisine et parmi eux  Vatel dont l’art a atteint sa quintessence, mêlant à la finesse des mets toute une panoplie de présentations surprise.  Citons également les grands chefs italiens à l’époque du commerce maritime vénitien si florissant, les confiseurs préparaient une bouillie à partir de laquelle on créait sculptures ou ouvrages architecturaux, ceux-ci paraphrasant in fine le symbole de l’opulence. Les maîtres queux portugais de la Renaissance, tout comme les Italiens, disposaient d’une chaire professorale en tant que spécialistes en «  confitures , tartes aux amandes et artisanat du sucre ».
 

Symbole de Puissance

5Un des symboles confectionnés par les Italiens. Ils l’offraient en cadeau à leurs invités – Italie 6Bonbonnière de sucre. XVIIème siècle 7Confiseries à la cour de Louis XIV – France

Le Sucre et la Cour

Parallèlement à tout ce faste, le sucre est encore cher et rare en Europe, à tel point qu’il se trouve enfermé à clef dans toute maison seigneuriale. À la Cour, les choses n’étaient pas différentes, Louis XIV gardait précieusement la clef de la divine saveur et quand il décidait de la mettre à table à Versailles pour faire honneur à ses nobles hôtes, cela produisait un véritable charme…
Chez l’apothicaire (le pharmacien de l’époque) on se procurait des remèdes à base de sucre comme des dragées pour la gorge, du sirop, des infusions. A cette époque, on recommandait la soupe sucrée. Nostradamus a fait l’éloge du sucre : «  Même avec le sucre pris comme médicament, nous éprouvons le plaisir du sucré ». Les prix des médicaments à base de ce produit étaient également élevés. Tout ce qui concerne le sucre était encore d’une valeur non accessible au peuple au XVIIe siècle.

Cafè avec Sucre

Au XVIIIe siècle, la consommation de sucre a augmenté, mais les prix aussi. Cependant, boire du café est devenu à la mode en Occident. L’Europe a appris à boire du café avec du sucre par l’intermédiaire des Turcs. Voltaire encensant le sucre, a déclaré : «  Le café doit être noir comme la nuit, brûlant comme l’enfer et doux comme l’amour ». Pendant le règne de Louis XV, les dames ont adoré le sucrier comme ornement de table, café ou chocolat sucrés étaient synonyme de premier délice du matin. Les tableaux de l’époque nous font voir que la femme était loin d’être maigre. Le sucre n’était pas innocent en la circonstance.

 

Sucre de Beterrave

Le prix du sucre en Europe étant bien encore élevé, celui-ci n’était pas accessible à tous. On entreprit faire de la recherche dans le but de trouver une plante qui pourrait s’adapter au climat européen et qui soit suffisamment productrice. Finalement, on tenta d’utiliser la betterave sucrière sur le continent européen. Un chimiste allemand nommé Marggraf réalisa les tout premiers essais avec la betterave en 1747. Mais la production était lente, coûteuse et avait un faible rendement.
Au XVIIIème siècle, précisément en 1786, un assistant de Marggraf, Frédéric Achard, reprit les travaux de son maître sur le sucre. Il inaugurera un processus cette fois efficace, celui-ci conquit toute l’Europe. Cette trouvaille enthousiasmait Napoléon Bonaparte. Ainsi, le sucre de betterave fait son entrée dans l’histoire de l’Europe.

Le Sucre et l’environnement

Le XIXème siècle a vu l’abolition de l’esclavage au Brésil, le 13 mai 1888. A la fin de ce siècle, nombre d’immigrants italiens venus au Brésil travaillaient dans les plantations de café et ???
Et vaille que vaille au cours du XXème siècle, puis l’histoire du sucre au Brésil prend un virage inattendu avec l’étude de faisabilité technique du moteur à alcool. En 1933, Getulio Vargas crée l’IAA – l’Institut de l’Alcool et du Sucre. En 1975, le Proalcool est créé, ce qui diminue plutôt l’importation de produits dérivés du pétrole. Avec un tel développement de la canne à sucre, l’environnement a été entièrement détruit par manque de planification dans ce secteur d’activités. Des mouvements écologiques se sont soulevés dans les années 80 et à présent la notion de développement durable doit être discutée dans les réunions internationales.
Et l’univers du sucre continue de briller, qu’il soit de canne ou de betterave, il fait son entrée dans le XXIème siècle. Avec la canne à sucre, le Brésil a gagné en prestige, devenant un des plus grands producteurs de sucre et d’alcool. De nombreuses études et recherches ont été faites dans l’intérêt d’utiliser la bagasse (résidu fibreux de la canne à sucre) pour la production d’énergie. Soulignons le fait que la géographie et les conditions naturelles du Brésil contribuent à la production de biomasse, lui offrant là un atout majeur dans ce domaine.  Ainsi déjà, de nombreuses usines spécialisées et de renom vont dans le sens de cette évolution progressiste.  Nous n’entrerons pas plus dans le détail au sujet des XXème et XXIème siècles pour l’instant. Voir diverses industries dans le pays.
 

Le Sucre Apartient à Tous

Le sucre est donné en l’héritage à tout le monde, tant il a voyagé et vécu  d’histoires. Aujourd’hui, devrions-nous qualifier le sucre de la bannière du sublime ou du diabolique ?  Dans l’optique de la recherche effrénée du corps parfait ou plus simplement dans celle d’une attention responsable envers sa propre santé, on peut dire que le sucre joue encore un rôle important, qu’il s’agisse de l’alcool, de la véritable cachaça (pour réaliser une caipirinha parfaite) et de l’énergie. 
 
Voici un tableau pour mieux nous situer dans le temps:
 

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